quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Afinal

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas,
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora d'Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.
Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro soturno.
Sursum corda! Erguei as almas! Toda a Matéria é Espírito,
Porque Matéria e Espírito são apenas nomes confusos
Dados à grande sombra que ensopa o Exterior em sonho
E funde em Noite e Mistério o Universo Excessivo!
Sursum corda! Na noite acordo, o silêncio é grande,
As coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam
Com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos
Que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra.
Sursum corda! Acordo na noite e sinto-me diverso.
Todo o Mundo com a sua forma visível do costume
Jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso,
Escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça.
Sursum corda! ó Terra, jardim suspenso, berço
Que embala a Alma dispersa da humanidade sucessiva!
Mãe verde e florida todos os anos recente,
Todos os anos vernal, estival, outonal, hiemal,
Todos os anos celebrando às mancheias as festas de Adônis
Num rito anterior a todas as significações,
Num grande culto em tumulto pelas montanhas e os vales!
Grande coração pulsando no peito nu dos vulcões,
Grande voz acordando em cataratas e mares,
Grande bacante ébria do Movimento e da Mudança,
Em cio de vegetação e florescência rompendo
Teu próprio corpo de terra e rochas, teu corpo submisso
A tua própria vontade transtornadora e eterna!
Mãe carinhosa e unânime dos ventos, dos mares, dos prados,
Vertiginosa mãe dos vendavais e ciclones,
Mãe caprichosa que faz vegetar e secar,
Que perturba as próprias estações e confunde
Num beijo imaterial os sóis e as chuvas e os ventos!
Sursum corda! Reparo para ti e todo eu sou um hino!
Tudo em mim como um satélite da tua dinâmica intima
Volteia serpenteando, ficando como um anel
Nevoento, de sensações reminescidas e vagas,
Em torno ao teu vulto interno, túrgido e fervoroso.
Ocupa de toda a tua força e de todo o teu poder quente
Meu coração a ti aberto!
Como uma espada traspassando meu ser erguido e extático,
Intersecciona com meu sangue, com a minha pele e os meus nervos,
Teu movimento contínuo, contíguo a ti própria sempre,
Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, nem quebrem meu ser, não partam meu corpo,
Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estoira
Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas,
Para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos.
Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo.
Tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão,
No vasto chão supremo que não está em cima nem embaixo
Mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos
Por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais.
Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para cima,
Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo
De chamas explosivas buscando Deus e queimando
A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica,
A minha inteligência limitadora e gelada.
Sou uma grande máquina movida por grandes correias
De que só vejo a parte que pega nos meus tambores,
O resto vai para além dos astros, passa para além dos sóis,
E nunca parece chegar ao tambor donde parte ...
Meu corpo é um centro dum volante estupendo e infinito
Em marcha sempre vertiginosamente em torno de si,
Cruzando-se em todas as direções com outros volantes,
Que se entrepenetram e misturam, porque isto não é no espaço
Mas não sei onde espacial de uma outra maneira-Deus.
Dentro de mim estão presos e atados ao chao
Todos os movimentos que compõem o universo,
A fúria minuciosa e dos átomos,
A fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos,
A espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam,
A chuva com pedras atiradas de catapultas
De enormes exércitos de anões escondidos no céu.
Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!

Álvaro de Campos

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Por um país mais justo


Queria mostrar um pouco da minha indignação

Como dá vontade de sair gritando para todo mundo ouvir: POR QUE AS PESSOAS NÃO SE RESPEITAM?? Ninguém é obrigado a ter os mesmos gostos dos outros, mas é necessário que se respeitem um ao outro. E os nossos piores exemplos vem exatamente de quem se diz nosso representante, aqueles que estão com o dinheiro dos nossos impostos. O serviço que nós pagamos por ele é péssimo, serviço público!, nossa!, experimenta ir ao um banco da caixa econômica federal, no INSS, é tudo descaso.
DESCASO, essa é a palavra.
O brasileiro um ser abandonado, falo do brasileiro mais pobre, é esse que também contribui. Porém o que mais se prejudica.
Chega:
Imposto pra tudo;
SUS precário, vai marcar uma consulta para 2 meses ou mais;
Serviço público, serviço demorado, funcionários sem motivação;
Falta de interesse na conscientização da massa, as pessoas não sabem ainda separar o lixo orgânico do lixo seco, a educação da coleta seletiva ainda não está na vida da metade das pessoas;
Interesse maior numa expanção da educação e cultura, mas eu estou falando de cultura de verdade, uma cultura de qualidade.
As pessoas precisam entender que merecem coisas de mais qualidade, e isso tem que fazer parte do dia de cada um. E isso não custa muito.
A gente paga muito para ter um país tão pobre.
Então, de olho em que está tomando as decisões mais importantes por nós.
Dignidade sempre!!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

olha o que eu achei procurando por petit bloc no google imagens






Clarice Lispector



“Sou o que se chama de pessoa impulsiva। Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”




Eu, por mim mesma...

...É como se estivesse a andar num caminho, ora tenho que correr, ora caminhar devagar, mas com uma vontade louca de me encontrar com pessoas e coisas legais...aprender, conhecer um pouco mais essa vida...e muitas vezes aprender a desaprender mesmo, rsrrs...certo!, uma sede de liberdade em tudo, no pensar, falar, agir..assim viver bem avontade.

Buscas, muitassss

EU!

rsrsrrss

sábado, 23 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Poema Enjoadinho


Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos?
Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirãoPorém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa lindaQue os filhos são!

Vinícius de Moraes

Minha nossa...



Ainda esse mês tenho que ver creche para meu filho, um emprego, e organizar uma festinha para comemorar 1 aninho do filhote...
E estamos só no início do ano!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Agora é só conseguir um ...



Essa música me faz lembrar de quando criança...



...ouvindo no rádio, no sítio da minha vó francisquinha.Ela é realmente linda!! saudades

2008, voltar a praticar a minha Yoga!


Espero muito conseguir conciliar a prática na minha vida o quanto antes...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Fotos de lindas de Pernambuco, terra maravilhosa...saudade.





























Lembranças


"A alma da fome é política!" A afirmação de Herbert José de Souza - o Betinho - nada tem de enigmática. Ela ilustra exemplarmente uma vida de lutas, de empenho e de trabalho pela cidadania e pela vida.




Passei no curso!! UNITINS EAD



Futura assistente social

Serviço Social

É um curso de nível superior e foi oficializado no Brasil através da Lei nº 1989/53, sendo que a profissão de Assistente Social foi regulamentada pela Lei nº 3252, de 27 de agosto de 1957.
A regulamentação profissional ocorreu num contexto em que o Estado Brasileiro assumiu uma perspectiva reguladora delegando aos Conselhos Profissionais a função de controle. Contudo, o Serviço Social compreendeu a profissão e suas entidades em outra perspectiva, a partir da adoção de referenciais teórico-metodológicos que possibilitam a construção de um processo critico, enquanto instrumento de proposição de um projeto profissional ético-político. Os Conselhos, passaram, então a questionar sua função meramente burocrática, repensando seu caráter disciplinador.
Dessa forma é que na década de noventa, a Lei nº 3252, de 27 de agosto de 1957 foi alterada pela Lei nº 8662, de 07 de junho de 1993, cujo texto legal expressa um conjunto de conhecimentos particulares e especializados, a partir dos quais são elaboradas respostas concretas às demandas sociais. A nova lei de regulamentação da profissão e o Código de Ética/93, forneceram respaldo jurídico e uma nova dimensão aos instrumentos normativos legais, superando os limites apontados até então.Não há dúvida que o Serviço Social Brasileiro, nas últimas décadas redimensionou-se e renovou-se no âmbito de sua interpretação teórico-metodológica e política, num forte embate com o tradicionalismo profissional, adequado criticamente a profissão às exigências do seu tempo, qualificando-a sendo hoje, sem dúvida, uma profissão reconhecida e legitimada socialmente.

domingo, 10 de fevereiro de 2008


Leminski





quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Luta por uma educação digna

O deputado federal Florestan Fernandesem ato pela defesa do ensino público em 1988.


Sociólogo formado em 1943, obteve título de mestre em 1947 e de doutor em 1951. Atuou em universidades importantes no Brasil e em outros países, contudo, conquistou uma posição de destaque na Sociologia Brasileira devido sua atuação nos diferentes campos das ciências sociais, abrindo caminho para a profissionalização dos sociólogos ao defender a participação e a interferência dos intelectuais nos problemas nacionais, inaugurando um novo estilo de pensar a realidade social, por meio da qual se torna possível reinterpretar a sociedade e a história, bem como a Sociologia anteriormente produzida.Fundador da Sociologia Crítica no Brasil, tem sua produção intelectual impregnada de reflexão, no questionamento à realidade e o pensamento sintetizado. Enfrentou especialmente durante a ditadura, a grande repressão por propagar no meio universitário, um engajamento dos intelectuais, aos problemas da sociedade brasileira. Foi desligado da Universidade e exilado no Canadá, com base no AI 5, retornando para o Brasil após 1972.
No Brasil, guiado pela inquietude em que o tema da Educação representava em seu projeto de sociedade, participou intensamente da Campanha em Defesa da Escola Pública, na criação do Fórum de defesa, no processo de construção da LDB, defendendo um projeto lei, democrático e tinha o apoio e a participação de diversas entidades sociais.Nos últimos anos de sua trajetória de militância Educacional, sofreu uma grande decepção com dois amigos que militavam com ele, dentro de uma tendência que defendia um Educação com bases socialista na ocasião da Campanha em Defesa da Escola Pública, Fernando Henrique Cardoso e Darcy Ribeiro. Com este último travou diversos embates públicos até seus últimos dias de vida.
Enfim, crítica social, militância ativa, dedicação à docência, a pesquisa, ao publicismo; o sociólogo e professor, político engajado na luta contra desigualdade, na defesa da educação pública, do socialismo, da democracia e da solidariedade entre a classe trabalhadoras e entre os povos latino-americanos fizeram do Professor Florestan Fernandes, um grande homem de nosso tempo – coerente, sonhador e comprometido com sua classe.

Principais Obras Florestan começa a escrever no final dos anos 40 e ao longo de sua vida publicou mais de 50 livros e centenas de artigos. Suas principais obras foram:·
Organização Social dos Tupinambá (1949);·
A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá (1952);
(Estas duas obras são indispensáveis para o conhecimento das nossas sociedades indígenas)· Mudanças Sociais no Brasil (1960);
(Nesta obra Florestan faz um panorama de seu trabalho e retrata o Brasil)·
Fundamentos Empíricos da Explicação Sociológicas (1959);
(Esta é um dos clássicos da sociologia de Florestan, se esta obra tivesse sido publicada nos Estados Unidos, na mesma época, teria revolucionado o ensino da sociologia).·
Folclore e Mudança Social na Cidade de São Paulo (1961);
(Esta obra revela o Brasil do tradicionalismo popular, na qual se tornou um documento etnográfico sobre a cultura popular).·
A Integração do Negro na sociedade de classes (1964);
(Estudo das revelações raciais em nosso país).·
Sociedade de Classes e subdesenvolvimento (1968);·
A Revolução Burguesa no Brasil (1975).(São obras que servem de eixo para compreender o Brasil que se seguiu à queda do antigo regime).
BibliografiaFERNANDES, F. (1981)
Sociedade de classes e subdesenvolvimento, 4ª edição, Zahar editores, Rio de Janeiro, RJ.MARTINS,J.S.(1998)
Florestan: Sociologia e Consciência Social no Brasil, Edusp, São Paulo – SP.IANNI, O. (1986) Florestan Fernandes: Sociologia, Editora Ática, São Paulo - SP.SILVA, M. L. O. (1998) Trabalho de Pesquisa do Historiador
http://www.florestaneducador.hpg.ig.com.br/sumario.htm

Viva o artesanato do Brasil








segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Os valores e princípios não podem morrer!!


Ética e Modernidade: a falência do sentido


Ontem foi dia de um certo desabafo com os amigos...Acabei encontrando o assunto da minha discursão, só que um pouco mais contextualizado para a gente refletir:


“O homem é um animal político” (zoon politikos)




Vivemos num momento em que as referências tradicionais desaparecenram: o que é que, hoje, nos permite dizer que uma lei é justa? Nós o ignoramos. A crise dos fundamentos que caracteriza todo nosso universo contemporâneo, crise visível na ciência, na filosofia ou mesmo no direito, reverbera essencialmente numa crise de alicerces éticos. No momento em que as ações do homem se revelam cheia de riscos diversos e potencialmente perigosas, estamos precisamente mergulhados no niilismo, essa relação com o “nada”, da qual Nietzsche foi, no século passado, o profeta e o clínico sem igual. O que significa niilismo? Precisamente que todas as referências ou normas da obrigação se dissipam, que os valores superiores se depreciam. O niilismo designa o fenômeno espiritual ligado à morte de Deus e dos ideais suprasensíveis. Niilista, nosso fim de século é igualmente marcado pela morte das ideologias e das grandes narrações totalizantes, morte na qual se enraíza a ética do futuro. As doutrinas do século XVIII relativas à emancipação do cidadão, o pensamento das Luzes, que via na história uma teleologia racional, a teoria hegeliana da formação do Espírito no mundo, o marxismo e seu reino dos fins encarado como sociedade sem classes, formam o manancial das grandes narrações que se tornaram extintas no que se convencionou chamar de pós-modernidade. A crise do marxismo evoluída para um profundo perecimento constitui, sem dúvida, um dos dados maiores da virada do século. Quando desmorona a concepção de uma história em progresso, quando ninguém dá mais o menor crédito ao tema de um proletariado liberador do gênero humano, quando funcionam a desilusão ou a dúvida quanto a todo projeto global de sociedade, então é preciso inventar novas normas éticas ou nos elevarmos até o pensamento de fundamentos inéditos. IndividualismoSem as ideologias nascem as formas contemporâneas do individualismo, propícias para o desenvolvimento de novas regras de conduta capazes de forjar uma nova moralidade. O que é o individualismo? Uma atitude que privilegia o sujeito em relação à coletividade. No seio de uma modernidade que repele o transcendente, é o indivíduo que se torna valor supremo. Já no fim do século XIX surgem as primeiras manifestações do individualismo, porém diagnosticadas por Nietzsche como sendo de um caráter bem diferente do de hoje: “O individualismo é uma variedade ainda modesta e inconsciente da vontade de poder, manifestado pela necessidade do sujeito se libertar da dominação da sociedade (quer seja a do Estado ou a da Igreja)”. Trata-se aí do antigo individualismo, que aparecia ao fim dos oitocentos como uma conquista: uma emancipação diante das formas coercitivas do poder. O individualismo contemporâneo não designa mais um triunfo da individualidade em face das regras constrangedoras, mas a realização de sujeitos estranhos às disciplinas, às regras, aos limites diversos, às uniformizações. O que encontramos nesse individualismo contemporâneo? As delícias do narcisismo, a explosão hedonista, mais que a uma conquista de liberdade. Promoção de valores idiossincráticos, permissivos, psicologistas, eis o que se esboça na idade pós-moderna. Assim, entramos na era do narcisismo. Encerrados os ideais messiânicos, desvanecida a fé nas ideologias, é chegado o momento do indivíduo narcísico. Se o individualismo moderno, longe de ser virtude e autonomia, significa passividade, e até apatia, “estilo cool” e descontraído, então se põe para a ética a questão: que é que, nas nossas sociedades democráticas avançadas, pode se tornar fator de universalização? Na era dos homens vazios, votados às escolhas privadas e narcisistas, é possível redescobrir uma macroética, válida para toda a humanidade no seu conjunto? Se o individualismo configura nossa modernidade, se a sociedade é assim atomizada numa poeira de Narciso, como requerer então, para a ética, um princípio que possua uma validez universal?Novas TecnologiasCiência e técnica produzem legitimamente o medo numa sociedade que incorporou o tecnicismo. A idéia da periculosidade da tecnocracia abre um contexto novo de mudanças qualitativas no agir humano. As novas tecnologias engendram um crescimento brutal dos poderes do homem, tornado sujeito, mas também objeto de suas técnicas. A situação é tanto mais perigosa na medida em que o homem tende a experimentar e inovar, não num espaço que lhe seja exterior, mas no seio das próprias relações humanas, incorporando a mecânica da eficiência que dimensionou a idade

industrial. Nosso “ser-herdado” é que se acha posto em questão.Quando o homem está em contradição nas ciências (das tecnologias biológicas do Genoma e dos transgênicos, à energia nuclear e às parafernálias derivadas do avanço cavalar das comunicações) pela primeira vez nos apercebemos que determinadas ações podem ser irreversíveis. A “des-moralização” do homem, privado de referências, requer a urgência de uma nova ética, porque a técnica não é um simples instrumento, um mero prolongamento da mão humana, mas o germe de um verdadeiro mundo, a arquitetura de um outro real. A produção técnica representa em nosso tempo uma organização geral do mundo, uma maneira de ser, um universo, e não somente um conjunto de procedimentos decorrentes de um conhecimento das leis científicas. Ela faz apelo a uma reformulação da ética em torno de novos princípios e a uma nova teoria da responsabilidade.


por Jacqueline Russ


Encontros com amigos...


...maravilhoso revê-los, colocar o papo em dia, discutir sobre coisas que nos interessam, fomos na Fnac Pinheiros,,,tava com tanta saudade de lá.
No final do encontro ficou uma enorme sensação de quero mais...Taja, Lú...vou sentir muita falta das nossas conversas, risadas, brincadeiras...doideras

Adoro vocês!!


Muito amigassaudades vão ficar de vocêsm


sábado, 2 de fevereiro de 2008

Céu - Malemolência

Veio até mim
Quem deixou me olhar assim
Não pediu minha permissão

Não pude evitar
Tirou meu ar
Fiquei sem chão

[Refrão 4x]
Menino bonito, menino bonito, ai
ai menino bonito, menino bonito ai

É tudo o que eu posso lhe adiantar
O que é um beijo
Se eu posso ter teu olhar
Cai na dança, cai
Vem pra roda da malemolência

[Refrão 4x]

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.


Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.


Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.


Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Carlos Drummond de Andrade

Tõ sintindo falta dos teus carinhos...logo estou de volta

Mais...



São Paulo, quanta saudades estava de você, minha linda!!!!

Ensinamento do Budismo (Lei de Causa e efeito)



Uma pessoa é uma combinação de matéria e mente. O corpo pode ser encarado como uma combinação de quatro componentes: terra, água, calor e ar; a mente é a combinação de sensação, percepção, idéia e consciência. O corpo físico — na verdade, toda a matéria na natureza – está sujeito ao ciclo de formação, duração, deterioração e cessação.

O Buda ensinou que a interpretação da vida através de nossos seis sensores (olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente) não é mais do que ilusão. Quando duas pessoas experimentam um mesmo acontecimento, a interpretação de uma, pode levar à tristeza, enquanto a da outra, pode levar à felicidade. É o apego às sensações, derivadas desses seis sentidos, que resulta em desejo e ligação passional, vida após vida.

O Buda ensinou que todos os seres sencientes estão em um ciclo contínuo de vida, morte e renascimento, por um número ilimitado de vidas, até que finalmente alcancem a iluminação. Os budistas acreditam que os nascimentos das pessoas estão associados à consciência proveniente das memórias e do karma de suas vidas passadas. "Karma" é uma palavra em sânscrito que significa "ação, trabalho ou feito". Qualquer ação física, verbal ou mental, realizada com intenção, pode ser chamada de karma. Assim, boas atitudes podem produzir karma positivo, enquanto más atitudes podem resultar em karma negativo. A consciência do karma criado em vidas passadas nem sempre é possível; a alegria ou o sofrimento, o belo ou o feio, a sabedoria ou a ignorância, a riqueza ou a pobreza experimentados nesta vida são, no entanto, determinados pelo karma passado.

Neste ciclo contínuo de vida, seres renascem em várias formas de existência. Há seis tipos de existência: Devas (deuses), Asuras (semideuses), Humanos, Animais, Pretas (espíritos famintos) e Seres do Inferno. Cada um dos reinos está sujeito às dores do nascimento, da doença, do envelhecimento e da morte. O renascimento em formas superiores ou inferiores é determinado pelos bons ou maus atos, ou karma, que foi sendo produzido durante vidas anteriores. Essa é a lei de causa e efeito. Entender essa lei nos ajuda a cessar com todas nossas ações negativas.

(site http://hsingyun.dharmanet.com.br/buddhismo.htm)

Familia...

Proteção

Agradecimento

Um filho para me direcionar, para parar e pensar mais na vida, num futuro ao lado de pessoas que amo.Para tranquilizar, e me encontrar.

Tudo como tem que ser...
Agora é lutar para que os sonhos se realizem...agora com o Benjamin neles.

Olho e nele me vejo junto com o Gustavo, o resultado de um amor tão graandee, uma dávida divina.

Obrigado vida!