segunda-feira, 30 de junho de 2008
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas;eu não tinha este coraçãoque nem se mostra.Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:— Em que espelho ficou perdida minha face?
Cecília Meireles
domingo, 29 de junho de 2008
MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento social brasileiro de inspiração marxista que declara ter o objetivo de promover a reforma agrária . Teve origem na oposição ao modelo de reforma agrária imposto pelo regime militar, principalmente nos anos 1970, que priorizava a colonização de terras devolutas em regiões remotas, com objetivo de exportação de excedentes populacionais e integração estratégica. Contrariamente a este modelo, o MST declara buscar a redistribuição das terras improdutivas.
Apesar dos movimentos organizados de massa pela reforma agrária no Brasil remontarem apenas às ligas camponesas, associações de agricultores que existiam durante as décadas de 1950 e 1960, o MST proclama-se como herdeiro ideológico de todos os movimentos de base social camponesa ocorridos desde que os portugueses entraram no Brasil, quando a terra foi dividida em sesmarias por favor real, de acordo com o direito feudal português, fato este que excluiu em princípio grande parte da população do acesso direto à terra.
Veja mais em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_dos_Trabalhadores_Rurais_Sem_Terra
A vida e visão de um educador
Pedagogia do Oprimido
Para Paulo Freire, vivemos em uma sociedade dividida em classes, sendo que os privilégios de uns, impedem que a maioria, usufrua dos bens produzidos e, coloca como um desses bens produzidos e necessários para concretizar o vocação humana de ser mais, a educação, da qual é excluída grande parte da população do Terceiro Mundo. Refere-se então a dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes, onde a educação existe como prática da dominação, e a pedagogia do oprimido, que precisa ser realizada, na qual a educação surgiria como prática da liberdade.O movimento para a liberdade, deve surgir e partir dos próprios oprimidos, e a pedagogia decorrente será " aquela que tem que ser forjada com ele e não para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade". Vê-se que não é suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas, que se disponha a transformar essa realidade; trata-se de um trabalho de conscientização e politização.A pedagogia do dominante é fundamentada em uma concepção bancária de educação, (predomina o discurso e a prática, na qual, quem é o sujeito da educação é o educador, sendo os educandos, como vasilhas a serem enchidas; o educador deposita "comunicados" que estes, recebem, memorizam e repetem), da qual deriva uma prática totalmente verbalista, dirigida para a transmissão e avaliação de conhecimentos abstratos, numa relação vertical, o saber é dado, fornecido de cima para baixo, e autoritária, pois manda quem sabe. Dessa maneira, o educando em sua passividade, torna-se um objeto para receber paternalisticamente a doação do saber do educador, sujeito único de todo o processo. Esse tipo de educação pressupõe um mundo harmonioso, no qual não há contradições, daí a conservação da ingenuidade do oprimido, que como tal se acostuma e acomoda no mundo conhecido (o mundo da opressão)- -e eis aí, a educação exercida como umaprática da dominação.
sábado, 28 de junho de 2008
Alienação de uma classe
Nita Freire, viúva do educador Paulo Freire, fica indignada com que os promotores gaúchos Luís Felipe de Aguiar Tesheiner e Benhur Biacon Júnior mencionaram a obra do marido dela como prova de que o MST estaria engajado em atividades ilegais. "No Brasil a elite tem raiva do povo", disse ela.
Veja no rádio do Ví o mundo:
http://www.viomundo.com.br/radio/viuva-de-paulo-freire-indignada-com-macartismo-gaucho/
domingo, 22 de junho de 2008
Atitude
A'Uwe
Aí venho a pensar que essa é a realidade do povo xavante, que é uma tribo muito conhecida no país, e as outras tribos??
E a Funai?? o que está fazendo por eles então?? eis a questão né...
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Obrigado vida por mais um ano existindo...sonhando...
Oito poemas da existência .......
1º...Sol de outra galáxia; ilumine por mim o límpido caminho de vossa distância.....
2º...Tempestade de vossos meteoros; desvie por mim a eterna dança.....
3º...Ventos cósmicos desse contato estelar; sopre-me para com vosso alcance....
4º...Lago de vossos reflexos das dimensões; abre por mim vossa única passagem....
5º...Montanha de vossa quietude; grite por mim, desde agora, vossa energia criadora....
6º....Ávore da vida das forças; impulse a mim vossa grande diversidade de frutos......
7º....Rocha do eco eterno; lembre por mim vossa imensa dimensão sonora do infinito....
8º...além dos cenários naturais; naturalize por mim a todos os que digerem pureza nessa vida espiralada do agora........cheguei.....pousei em nosso vazio de flutuar no amor...que é relâmpago.
WadoChicchan
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Ana Canãs...
Conhecí a moça a poucas dias...gostei tanto do que ouví, vai entrar para a minha lista de cantaras favoritas...mui bom!!
sexta-feira, 13 de junho de 2008
CINCO MINUTOS DIANTE DE SANTO ANTÔNIO
Há quanto tempo te esperava, ó alma devota, pois bem conheço as graças de que necessitas e que queres que eu peça ao Senhor. Estou disposto a fazer tudo por ti; mas, filho, dize-me uma a uma todas as tuas necessidades, pois desejo ser o intermediário entre tua alma e Deus com o fim de suavizar teus males. Sinto a aflição de teu coração e quero unir-me às tuas amarguras. Desejas o meu auxílio no teu negócio..., queres a minha proteção para restituir a paz na tua família..., tens desejo de conseguir algum emprego..., queres ajudar alguns pobres..., alguma pessoa necessitada..., desejas que cesse alguma tribulação..., queres a tua saúde ou a de alguém a quem muito estimas? Coragem, que tudo obterás. Agradam-me, também, as almas sinceras que tomam sobre si as dores alheias, como se fossem próprias. Mas, eu bem vejo como desejas aquela graça que há tanto tempo me pedes. Tem fé que não tardará a hora em que hás de obtê-la. Uma coisa, porem, desejo de ti. Quero que sejas mais assíduo ao Santíssimo Sacramento; mais devoto para com a nossa Mãe, Maria Santíssima; quero que propagues a minha devoção e ajudes meus pobres. Oh! Quanto isso me agrada ao coração! Não sei negar nenhuma graça àqueles que socorrem os outros por meu amor, e bem sabes quantos favores são obtidos por esse meio. Quantos, com viva fé, têm recorrido a mim com o pão dos pobres na mão e são atendidos! Invocam-me para ter êxito feliz em um negócio, para achar um objeto perdido, para obter a saúde de uma pessoa enferma, para conseguir a conversão de alguém afastado de Deus, e eu, por amor dos meus pobres cuja miséria está a meu cargo, obtenho de Deus tudo o que pedem e ainda muito mais. Temes que eu não faca outro tanto por ti? Não penses nisso porque prezo muito as prerrogativas concedidas por Deus de ser – o santo dos milagres. Muitos outros, como tu, têm precisado de mim e temem pedir-me, pensando que me importunam. Leio tudo no fundo do coração e a tudo darei remédio; hei de obter as graças; não temas. Agora, volta às tuas ocupações e não te esqueças do que te recomendei; vem sempre procurar-me, porque eu te espero; tuas visitas me hão de ser sempre agradáveis, porque amigo afeiçoado como eu não acharás.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Para os eternos namorados
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Alberto Caeiro