sexta-feira, 28 de março de 2008

Sentimental, ah essa música!, é tão minha...

Sentimental, sentimental
Um coração saliente
Bate e bate muito mais que sente
Fica doente mas é natural, natural
Que num cochilo de agosto
Surja um outro alguém do sexo oposto
Do sexo oposto outro outro alguém

Ontem vi tudo acabado
Meu céu desastrado
Medo, solidão, ciúme
Hoje contei as estrelas
E a vida parece um filme
Gemini, gemini, geminiano
Este ano vai ser o seu ano
Ou se não, o destino não quis

Ah, eu ei de ser
Terei de ser
Serei feliz
Serei feliz, feliz
Façam muitas manhãs
Que se o mundo acabar
Eu ainda não fui feliz
Atrapalhem os pés
Dos exércitos, dos pelotões
Eu não fui feliz
Desmantelem no cais
Os navios de guerra
Eu ainda não fui feliz
Paralisem no céu

Todos os aviões
É urgente, eu não fui feliz
Tenho dezesseis anos
Sou morena clara, atraente


Chico Buarque

quinta-feira, 27 de março de 2008

livros de figuras



Este livro é da designer francesa Marion Bataille, ela brinca com as letras nesse formato em 3d...muito bom!



Moleskine Antonio Jorge Gonçalves



Stay as you are

domingo, 23 de março de 2008

Snoop pintor!


"O AMOR", por Pablo Neruda



"A poesia tem comunicação secreta com o sofrimento do homem."


"A timidez é uma condição alheia ao coração, uma categoria, uma dimensão que desemboca na solidão.


"E desde então, sou porque tu és

E desde então éssou e somos...

E por amor Serei... Serás...Seremos..."

A DANÇA

Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio ou flecha de cravos que propagam o fogo: te amo secretamente, entre a sombra e a alma..

Te amo como a planta que não floresce e leva dentro de si, oculta, a luz daquelas flores, e graças a teu amor vive escuro em meu corpo o apertado aroma que ascender da terra..

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo directamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira, . Se não assim deste modo em que não sou nem és tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Pablo Neruda

Eu adoro coco...águinha de coco, cocada...


Coco[1], coco-da-praia, coco-da-índia ou ainda coco-da-baía é o fruto do coqueiro. É um fruto seco simples classificado como drupa fibrosa (não uma noz). A casca (mesocarpo) é fibrosa e existe um "caroço" interno (o endocarpo lenhoso). Este endocarpo duro tem três poros de germinação que são claramente visíveis na superfície exterior, uma vez que a casca é removida. É através de um destes que a pequena raiz emerge quando o embrião germina.
Seu período de safra vai de janeiro a julho.


Receita de Cocada com Côco verde

Ingredientes:
1 unidade(s) de côco verde ralado(s)
1/2 kg de açúcar União

Preparação:
Com o açúcar faça uma calda em ponto de bala. Retire a panela do fogo, junte o côco ralado e mexa muito bem até começar a açucarar. Coloque em pedra mármore e corte em pedacinhos.
Rendimento:
20 porções

Mais fotos da tragetória, uma aventura emocionante
















Sinopse

Em 1997, a família Shürmann lançou-se ao mar para uma nova volta ao mundo, seguindo a rota de Magalhães, e acabou descobrindo maravilhas sem fim. Duas grandes viagens em um único e emocionante filme, com imagens de mais 30 países, abrangendo quatro continentes e três oceanos. De um lado, incríveis histórias de batalhas, motins, traições e incertezas da expedição de Magalhães, português que em 1519, arriscou-se a viajar na contramão das grandes navegações e acabou provando que a terra é redonda. Abusca da família Shürmann pelos ecos do seu feito no tempo e nos lugares por onde Magalhães passou.

Que ótima idéia: Guerrilha do bem, fazendo brotar plantas e flores em canteiros abandonados que precisem urgentemente de algum verde








1. Misture num balde duas partes de sementes e três de adubo e depois acrescente cinco partes de argila em pó
2. Jogue água e misture até formar uma massa úmida. Enrole bolinhas de cerca de 2 centímetros
3. Saia pelas ruas e jogue cuidadosamente essas bolinhas em canteiros e praças degradadas
4. As "bombas" carregam nutrientes suficientes para que os brotos comecem a crescer em solo pobre - é só esperar as próximas chuvas
Fonte: Revista Vida Simples

sexta-feira, 21 de março de 2008

Tarsila do Amaral






























Filha de fazendeiros de café da aristocracia rural paulista, Tarsila iniciou a sua aprendizagem de pintura em 1917, sob orientaçâo do pintor académico Pedro Alexandrino. Em 1920, mudou-se para Paris a fim de estudar na Academie Julian e conheceu as obras de dadaístas, futuristas e cubistas. De passagem pelo Brasil em 1922, aproximou-se do grupo modernista que se formara na capital paulista, do qual já faziam parte Anita Malfatti, Mário de Andrade e Oswald de Andrade (com quem Tarsila se casaria em 1926). No entanto, foi somente após seu retorno à Europa, em 1923, que chegou às primeiras soluções realmente originais em sua pintura, combinando as técnicas do pós-cubismo aprendidas com Andrë Lhote, Albert Gleizes e Fernand Léger, a uma temática e um colorido profundamente identificados com a cultura brasileira.

Saudades da minha terra

Canção do Exílio

"Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar — sozinho, à noite —

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu’inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá."

Gonçalves Dias

Se essa rua fosse minha...

Minha infância passei nesta rua, perto dessa igreja...já caí nessas calçadas, já corrí brincando, e já sentei para conversar,,,e as missas nessa igrejinha... Era minha vida na pacata cidizinha.
Quanta saudade dessa época...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Hoje é dia do coelho na escolinha de Benjamin


Clube da esquina

Visite : http://www.museudapessoa.net/clube/index.htm

A rosa do povo


É um livro de poesias brasileiro de autoria de Carlos Drummond de Andrade. É composto por 55 poemas e é o livro mais longo de Drummond. Escrito entre 1943 e 1945, é o primeiro fruto maduro de sua obra e a maior expressão do lirismo social drummondiano e modernista. O questionamento da própria poesia encaminha-se para sua formulação mais densa: a arte poética de "procura da poesia", que define os contornos de toda sua obra posterior e baliza as direções da lírica moderna, que o poeta exerceu em seu sentido mais amplo.
Suas temáticas são:
Poesia Social (o povo)
Reflexão Existencial (eu e o mundo)
Metalinguistica (poesia sobre a poesia)
O passado sempre relacionado com o presente
O Amor
O cotidiano
Celebração dos amigos.
No livro o poeta usa de metáforas, que podem ser observadas inclusive no próprio título "A rosa do povo": a rosa, simboliza a poesia e o povo a classe mais pobre. Desta forma seria a poesia do povo, mostrando-se assim preocupações sociais.

Drummond



"O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar."


"Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes."


"Os homens são como as moedas; devemos tomá-los pelo seu valor, seja qual for o seu cunho."


"Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar."


"Há livros escritos para evitar espaços vazios na estante."


"Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons."


"A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas."


Carlos Drummond de Andrade

Frida


















(1907-1954), pintora mexicana que realizou principalmente auto-retratos, nos quais utilizava uma fantasia e estilo inspirados na arte popular do seu pais. Aos 16 anos, enquanto estudante, teve um grave acidente que a levou começar a pintar durante a recuperação.

Os seus quadros representam fundamentalmente a sua experiência pessoal, em particular os aspectos dolorosos da sua vida que foi em grande parte passada na cama. É expressa a desintegração do seu corpo e o terrível sofrimento que padeceu em obras como "A coluna, 1944".

Em 2002, Julie Taymor realizou o filme "Frida", que além do belíssimo argumento, possui uma banda sonora de luxo e uma excelente fotografia. nnnnn

quarta-feira, 19 de março de 2008


Eu quero uma casa...





Queria morar numa casa, queria ajudar a construí-la do meu jeito, do meu marido e do meu filho. Com lareira, uma árvore grande no pátio, um cachorro, um jardim, um sótão... onde pra tudo tivesse o seu lugar e seu espaço, que fosse o nosso mundo predileto de viver.





domingo, 16 de março de 2008

Filósofa militante


"A álgebra e o dinheiro são essencialmente niveladores; o primeiro intelectualmente, o segundo efectivamente."
"O inferno é darmo-nos conta de que não existimos e não nos conformamos com isso."
"A alegria é a nossa evasão do tempo."


Simone Adolphine Weil (Paris, 3 de fevereiro de 1909Ashford, 24 de agosto de 1943) foi uma escritora, mística e filósofa francesa, tornou-se operária da Renault para escrever sobre o cotidiano dentro das fábricas, lutou na Guerra Civil Espanhola ao lado dos republicanos e morreu em greve de fome, protestando contra as condições em que eram mantidos os prisioneiros de guerra na França ocupada.


Em 1931, Simone Weil tornou-se professora numa escola secundária para moças em Le Puy, onde ganhou outro apelido exótico: "Virgem Vermelha", algo como um misto de freira e anarquista. Compartilhava a prosaica atividade do magistério com períodos exaustivos trabalhando em fazendas e fábricas, método pelo qual encontraria "o tempo como condição e o espaço como objeto" de sua ação, pois segundo seu pensamento, o mundo é o lugar adequado para um intelectual estar, ajudando as pessoas a refinarem seus poderes de observação e capacidade crítica; e que o papel apropriado para a ciência é permanecer integrada com a vida produtiva, sem a qual, torna-se meramente um sistema remoto de sinais vazios. Depois de dizer para suas alunas que "a família é prostituição legalizada... a esposa é uma amante reduzida à escravidão", foi transferida de escola e de cidade.



Em 1934, Simone licenciou-se por dois anos do magistério para tentar viver como e entre operários. Todavia, sua resistência física só lhe permitiu levar o projeto até agosto de 1935, quando, trabalhando na linha de montagem de carros da Renault, caiu doente com uma inflamação na pleura. O "Journal d'usine" ("Diário da fábrica") que ela manteve durante esse período observa que "a exaustão me fez esquecer finalmente as verdadeiras razões pelas quais estou na fábrica; ela faz quase invencível a tentação que esta vida traz consigo: não mais pensar". Ela ficou tão traumatizada por sua experiência fabril, que abandonou imediatamente quaisquer noções românticas que ainda tivesse sobre o proletariado e sua (ou de quem quer que fosse) habilidade para ajudá-lo. Ela descobriu que a opressão não resulta em rebelião, mas em obediência e apatia - e até mesmo na internalização dos valores do opressor.



Ao refletir sobre a máquina-instrumento, a qual - diferentemente da máquina automática - requer que seu operador reconheça certos limites físicos do que pode e do que não pode ser feito, Simone começou a avançar o desenvolvimento de sua visão do "equilíbrio do homem consigo mesmo e do homem com a realidade".



Em julho de 1936, com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, Simone juntou-se à causa republicana. Mesmo sendo míope e frágil, recebeu um rifle e foi incorporada a uma unidade de anarquistas. Sem nenhum preparo para a vida militar, ela quase que imediatamente enfiou o pé numa panela de óleo fervente e teve de ser resgatada por seus pais, que a mandaram para Assis, na Itália, para recuperar-se. Desanimada com as atrocidades que havia visto seu próprio lado cometer, Simone reafirmou seu pacifismo



Durante a invasão dos alemães em Paris ela foge para Marselha, onde conhece o padre católico Joseph-Marie Perrin, que fica tão impressionado com os pensamentos dela sobre a cristandade que a convida a batizar-se. Simone, todavia, recusa a oferta afirmando que "não quero ser adotada por um círculo, viver entre pessoas que dizem ‘nós’ e ser parte de uma ‘gente’, descobrir que ‘estou em casa’ em quaisquer cercanias humanas, sejam lá quais forem... sinto que é necessário e ordenado que eu deva permanecer só, uma estranha e uma exilada em relação a qualquer círculo humano, sem exceção".



A política deve ser algo mais do que impor uma ideologia sobre a tática particular de um grupo social que queremos levar adiante, conclui Simone. Deveria ser uma reflexão inteligente sobre a realidade, conduzida por pensadores profundos.



Obras traduzidas
A Condição Operária e Outros Estudos Sobre a Opressão. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
A gravidade e a graça. São Paulo:ECE, 1986.
Espera de Deus. São Paulo:ECE, 1987.
Aulas de filosofia. Campinas, SP: Papirus, 1991.
Pensamentos desordenados acerca do amor a Deus. São Paulo:ECE, 1991.
O enraizamento. Bauru, SP: EDUSC, 2001.
Opressão e liberdade. Bauru, SP: EDUSC, 2001.



Frans Krajcberg

"O que é a Natureza? uma plantinha? ora, nós somos a natureza! E tudo que nasce tem o direito de viver"

"Eu não tenho filosofia, tenho sentidos. Que vibram com forças que nem minha imaginação consegue criar"

"A consciência cresce, mas é passiva. Quem se preocupa se os netos verão árvores como o Jacarandá?

Frans Krajcberg







Escultor, pintor, gravador e fotógrafo
Polônia, 1921

«... a natureza tornou-se a matéria-prima essencial desse artista».Frederico Morais«Com minha obra, exprimo a consciência revoltada do planeta».Frans KrajcbergEstudou engenharia e artes na «Universidade de Leningrado» e posteriormente na «Academia de Belas Artes de Stuttgart». Chegou ao Brasil em 1948, e já em 1951 participou da «Ia. Bienal de São Paulo» iniciando assim sua carreira artística. Viveu, durante o período 1958 - 1964 entre Paris, Ibiza e Rio de Janeiro onde produziu seus primeiros trabalhos oriundos do contato direto com a natureza. Em 1964, executa suas primeiras esculturas com troncos de árvores mortas. Realizou diversas viagens à Amazônia e ao Pantanal Mato-Grossense, fotografando e documentando os desmatamentos, além de recolher materiais para suas obras, como raízes e troncos calcinados. Desde 1972 vive no sul da Bahia e sua obra reflete a paisagem brasileira, em especial a floresta amazônica, e sua constante preocupação com a defesa do meio ambiente.

sábado, 15 de março de 2008

5 perguntas para Luiz Carlos Azenha 07/08/07

Você foi ao Fora Lula em São Paulo. Quais são as propostas do movimento e qual a sua opinião sobre elas?É óbvio que eles querem que o Lula deixe a Presidência. Pediram a redução da maioridade penal. Culparam o Lula pelos acidentes da Gol, da TAM e por 50 mil mortes causadas pela violência no Brasil. Isso foi dito pelos que discursaram, inclusive pelo pai de uma das vítimas do acidente da TAM. Portanto, foi uma reunião bastante emocional, que juntou a dor de um pai com o Hino Nacional. Falou-se na frase da Marta Suplicy e no gesto de Marco Aurélio Garcia. É impossível saber exatamente se o movimento quer o impeachment ou uma junta militar ou que o José de Alencar assuma o governo. Uma mulher que entrevistei diz que é preciso "limpar tudo". É para fechar o Congresso? Não ficou claro. Havia vassouras - símbolo das campanhas do Jânio Quadros - e uma faixa do Movimento Guararapes, de militares de reserva que pregam um golpe. Acho que é um movimento calcado acima de tudo na emoção, que deveria ser absorvido por um bom partido de direita, se houvesse partidos que assumissem ser de direita no Brasil. Aí a raiva que senti naquelas pessoas seria canalizada politicamente e não se transformaria no ódio contra a chamada "ditadura lulopetista". Este é o movimento Fora Lula, baseado numa comunidade do Orkut da qual fazem parte cerca de 200 mil pessoas.O que você me diz sobre a participação da Philips no movimento? A Philips participa de outro movimento, o Cansei. Acho que o presidente da Philips, como pessoa física, tem todo o direito de fazer o que quiser com o tempo e o dinheiro dele. Mas quando ele promete apoio de uma grande empresa a uma causa política está avançando além do desejável, tanto para a empresa quanto para o Brasil. Diz-se que a causa é apartidária, mas fica difícil de acreditar quando um dos organizadores foi arrecadador do PSDB e o outro fez marketing político para o PSDB. Mas é tudo muito vago - os problemas que eles querem combater existem há décadas no Brasil. A pergunta é: qual é o motivo que os levou a "protestar" AGORA, em ano pré-eleitoral, quando o presidente Lula tem popularidade e a economia vai bem? Não sei, ainda, se a Philips da Holanda endossa o movimento. Acho que entraram numa furada. Ninguém - nem a oposição, nem o governo - gostaria de ver uma multinacional poderosíssima dando palpite diretamente na política brasileira - embora elas façam isso nos bastidores. Como as corporações de mídia estão vendo o movimento? A Globo e a Band se negaram a colocar os anúncios do Cansei no ar. Acho que foi pelo potencial de uso político-partidário. Porém, no caso das manifestações do Fora Lula, a Globo usou imagens dos manifestantes na mesma reportagem que falava no enterro das vítimas do acidente da TAM. É um absurdo. Uma distorção. A Globo não fez uma reportagem dizendo: existe um grupo que quer tirar o Lula do poder e tem os seguintes objetivos... Não entrevistou os dirigentes do movimento, para perguntar: tirar o Lula como? Impeachment? Golpe de estado? Vão fechar o Congresso? Juntou tudo numa paçoca só, como se o protesto contra o governo tivesse sido exclusivamente por causa da tragédia da TAM. Não é; existe um movimento que quer derrubar o governo.Você vê alguma semelhança entre o Fora Lula e o Fora Collor?Acho que não. A economia está muito bem. O Collor brigou com todas as forças políticas ao mesmo tempo. Violou a poupança da classe média. Tanto a classe média está tirando proveito do dólar barato quanto os mais pobres estão ascendendo socialmente. Há, contra o Lula, uma combinação de discriminação contra os pobres e nordestinos, uma revolta genuína por promessas não cumpridas (que se manifesta através do PSOL), aquela história do mar-de-lama que o Getúlio já enfrentou, casos concretos de omissão e incompetência administrativa e, principalmente, uma campanha midiática promovida pela oposição para enfraquecer o Lula, principalmente para as eleições de 2010. Se chegar a 2010 com a popularidade de hoje (48% de ótimo e bom para o governo) o Lula fará seu sucessor. E a elite paulista - FHC, Alckmin e a turma da FIESP - quer o controle do estado de novo para fazer mais do que já fizeram: cortar impostos, cortar programas sociais, tirar direitos trabalhistas. Como se diz nos Estados Unidos, "tirar o estado das costas" da elite e colocá-no nas costas da maioria pobre.Durante a última campanha eleitoral, o PT também passou a denunciar a manipulação da mídia e a se aproximar dos movimentos pela democratização dos meios de comunicação. Agora, o mesmo se repete. Na sua opinião, por que esse governo não se empenha mais em promover a democratização no setor em vez de ficar reclamando nos momentos em que se sente agredido? O governo do Lula é frouxo e desarticulado. Um dos maiores medos das elites brasileiras é que o Lula dê uma guinada à esquerda e tente se manter no poder além de 2010, porque capital político para fazer isso ele parece ter. Por isso, as campanhas feitas através da mídia visam a extrair concessões do governo. No passado, isso era feito pela força política no Congresso, mas o Lula foi eleito de forma surpreendente, a bancada do PT cresceu quando todos diziam que ia diminuir e o PMDB entrou de vez no governo. Por isso esse uso político de dois acidentes aéreos trágicos. A ascensão de um novo empresariado ameaça os interesses das forças econômicas tradicionais, que sempre contaram com o estado para garantir suas vantagens fiscais e de financiamento. Finalmente, rico nunca aceitou ser preso no Brasil e a Polícia Federal tem feito justamente isso. Se depender do Lula ou do PT não haverá democratização coisa nenhuma. O partido quer seus cargos federais e ponto. Mas essa briga é uma questão de cidadania que vai além de PT ou PSDB. É uma questão de aprofundar a democracia, o que deixa a elite brasileira assustadíssima, porque ela está acostumada e quer manter uma democracia de poucos e para poucos Já pensou numa greve nacional de empregadas domésticas exigindo seus direitos?http://www.fazendomedia.com/diaadia/protoblog.htmPovo na rua pra resistir e pra lutar.Email:: resistencia_leste@yahoo.com.brhttp://www.resistenciapopular.blogspot.com/

Visiste : www.viomundo.com.br Por Luis Carlos Azenha

ALÉM DO CIDADÃO KANE

Durante a última década o Brasil vem sendo palco da proliferação de salas alternativas de cinema e cineclubes. Esses ambientes, a princípio, foram concebidos para que o público tivesse acesso a obras que não são veiculadas nos circuitos comerciais. No entanto, muitos deles têm servido, também, como espaços de fomentação da tão sonhada liberdade de expressão, que aqui no país é tão concreta quanto o mito da democracia racial.

No dia 17 de outubro, foi celebrado em todo o país o Dia Pela Democratização da Mídia e muitas dessas salas ficaram lotadas para a exibição de um dos mais polêmicos documentários realizados mundialmente: Muito Além do Cidadão Kane. O filme, que trata das relações sombrias entre a Rede Globo de Televisão, na pessoa de Roberto Marinho, com o cenário político brasileiro, completou dez anos servindo como instrumento de protesto contra a censura. O próprio filme, realizado por Simon Hartog para o canal 4 da BBC de Londres, é proibido em terras tupiniquins desde a estréia, em 1993, por decisão judicial.

A primeira justificativa para a censura foi a ausência de um documento vindo da Inglaterra autorizando a veiculação da obra. Hartog tomou conhecimento do fato e permitiu a exibição em qualquer parte do planeta. Porém, a película mostra o que boa parte dos representantes do poder brasileiro não queria que viesse a público e uma segunda ação judicial foi movida proibindo de vez a projeção do filme nacionalmente. Os advogados da Rede Globo tentaram vetar a circulação da fita em outros países, mas não conseguiram, e foi esse fracasso que permitiu que uma minoria seleta da população brasileira conseguisse ver o que o resto do país não viu: a face da mídia do Brasil que não vira atração de TV.

Ao longo de quase duas horas, são mostrados com uma narração criticamente irônica em off fragmentos de uma história de manipulação de resultados (como os cortes efetuados na edição do último debate entre Luiz Inácio da Silva e Fernando Collor de Mello, que influenciaram a eleição de 1989); de censura a artistas (como Chico Buarque que por muitos anos foi proibido de ter seu nome divulgado na emissora); de criação de mitos culturalmente questionáveis (como é o caso de Xuxa) e de veiculação de notícias frívolas e tolices em programas de auditório.

Os depoimentos de Leonel Brizola, Chico Buarque, Washington Olivetto, Fausto Neto, entre outros jornalistas, historiadores e estudiosos da sociedade brasileira se intercalam com as imagens dos acordos firmados por Marinho com representantes do alto escalão da política nacional, com trechos dos programas da emissora na época (Domingão do Faustão, Fantástico e Xou da Xuxa, considerados pela produção do filme como fúteis) e com a situação de miserabilidade do Brasil: telespectadores que recebiam menos de um salário mínimo e assistiam todos os dias a Rainha dos Baixinhos oferecer um café da manhã delicioso ao público, quando boa parte daqueles que a assistiam em seus barracos sequer tinham um pedaço de pão para comer. Um verdadeiro paradoxo sociocultural.

As razões que levaram Simon Hartog a produzir o documentário sobre os bastidores da Globo - e, por tabela, de outras emissoras brasileiras de grande porte, como o SBT – não são totalmente claras. Porém, tendo ou não os europeus segundas intenções, o mérito do registro não é comprometido, visto que ele traz à tona uma série de questionamentos éticos que parecem esquecidos pela mídia brasileira há muito tempo. Não é a toa que na última pesquisa da organização Repórteres Sem Fronteiras, o Brasil ficou 71º no ranking das nações com maior liberdade de imprensa. Há algo de podre no reino da Dinamarca...

por Ana Lira (analira@rabisco.com.br)

Dois em Um


Queria ir a um desses Shows...



Bob Dylan fará em 2008 sua terceira visita ao Brasil. O cantor e compositor terá duas apresentações: uma em São Paulo, outra no Rio, na primeira semana de março, informou o jornal Folha de S.Paulo. O contrato com Dylan foi fechado no último final de semana, em Londres. A responsável pela sua vinda é a produtora Mondo, que já trouxe Coldplay, o Live Earth, White Stripes e High School Musical.
O Via Funchal (SP) e Vivo Rio estão em negociação para receber Bob Dylan. Na Argentina, o show será em 15 de março, no estádio do Velez Sarsfield, em Buenos Aires. O primeiro show do Bob Dylan no Brasil foi no extinto festival Hollywood Rock, ocorrido em São Paulo em janeiro de 1990. Em 1998, o cantor norte-americano voltou ao País, abrindo as apresentações dos Rolling Stones.
Além de Bob Dylan, a Mondo organizará os primeiros shows do grupo norte-americano My Chemical Romance. A banda se apresentará em São Paulo (no Via Funchal), no Rio e em Curitiba. As datas ainda não foram definidas e a turnê acontecerá entre 15 e 20 de fevereiro.
Fonte: Terra

quarta-feira, 12 de março de 2008

A Marcha dos Pinguins












Um filme que mostra o instinto natural da procriação, preservação através de uma espécie forte e cuidadosa. Emocionante.

Cecília Meireles


É preciso não esquecer nada

É preciso não esquecer nada: nem a torneira aberta nem o fogo aceso, nem o sorriso para os infelizes nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto, o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos, a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos, vigiados pelos próprios olhos severos conosco, pois o resto não nos pertence.

Cecília Meireles

Exposição comemora 60 anos da Agência Magnum














Em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, um grupo de quatro fotojornalistas criou a agência fotográfica Magnum, a mais mítica e famosa do mundo. Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, David ´Chim´ Seymour, e George Rodger exploraram uma dimensão humanística da imagem, apresentando uma revolução de linguagem e de procedimentos. A instituição foi organizada como uma cooperativa de fotógrafos independentes, permitindo aos seus membros a liberdade para propor projetos individuais, o direito a posse de negativos, a edição e a assinatura dos ensaios. A história dessa revolução no modo de pensar e fazer fotografia é contada na exposição Magnum 60 Anos, que a promove, a partir de 21 de fevereiro. Serviço: Quando: de 21 de fevereiro a 6 de abril, de terça a sábado, das 9h às 21h; aos domingos, das 10h às 21hOnde: CAIXA Cultural, Galeria da Paulista (Av. Paulista, 2083) Quanto: grátis Abertura: dia 20 de fevereiro, para imprensa e convidadosInformações: (11) 3321-4400Realização: CAIXA CulturalPatrocínio: CAIXA Econômica Federal

AUDREY HEPBURN!